Teatro da Primavera
Não se ouvia o canto dos passarinhos, nem os grilos entre as folhas secas; o riacho deslizava pelas pedras. Apenas o vento frio brincava por lá. Quando ele vinha sacudia os galhos das árvores o levantava a poeira do chão; empurrava as nuvens para outras paragens. As plantas ressecadas estavam tristes e se queixavam do gado. A garoa e o orvalho ouviam seus apelos mas o frio ainda trazia a geada para ficar com ele.
Eis que, entre ventos frios e cortantes, penetrou pela floresta um gigante de longas barbas vestido com grossas meias e pesadas botas.
Era o guardião do inverno.
O gigante enveredou por um caminho no qual já se podiam ouvir os sibilantes assobios do vento, que com sua força fria e cortante envergava até os mais resistentes galhos.
O gigante enveredou por um caminho no qual já se podiam ouvir os sibilantes assobios do vento, que com sua força fria e cortante envergava até os mais resistentes galhos.
E ele soprava por entre penhascos rochosos, abria fendas na terra seca, levantando as folhas caídas das árvores junto com espessas nuvens de poeira.
O gigante ia se aproximando e o vento, sentindo a sua presença, foi se acalmando, e juntos continuaram sua interminável caminhada.
Surgiu então na floresta o mensageiro da primavera.
Música: Canta o passarinho para anunciar,
O gigante ia se aproximando e o vento, sentindo a sua presença, foi se acalmando, e juntos continuaram sua interminável caminhada.
Surgiu então na floresta o mensageiro da primavera.
Música: Canta o passarinho para anunciar,
Que a primaveraBreve vai chegar
Rios e cascatas correm a cantar,
Rios e cascatas correm a cantar,
Que a primavera Breve vai chegar
E os grilos alegres sempre a saltar,
E os grilos alegres sempre a saltar,
Que a primavera Breve vai chegar
E, nas profundezas da terra, as sementinhas,
E, nas profundezas da terra, as sementinhas,
tão bem cuidadas pelos anõezinhos, acordaram ao ouvir aquela melodia.
As azaléias lançaram seus brotos e um passarinho cantou ao longe.
O gigante, continuando sua caminhada encontrou a seca que se
As azaléias lançaram seus brotos e um passarinho cantou ao longe.
O gigante, continuando sua caminhada encontrou a seca que se
arrastava vagarosamente pela estrada.
Por onde ela passava, as plantas perdiam o seu vigor,
Por onde ela passava, as plantas perdiam o seu vigor,
os riachos ficavam tristes, as borboletas e as abelhas procuravam outros lugares e as nuvens assustadas corriam para detrás das montanhas.
O gigante, na sua caminhada, levou a seca consigo.
Surgiu então, na floresta, o mensageiro da primavera.
Música:
O gigante, na sua caminhada, levou a seca consigo.
Surgiu então, na floresta, o mensageiro da primavera.
Música:
Canta o passarinho...
Primeiras flores...Azaléias...
Aquela melodia, aquecendo as sementinhas,
Aquela melodia, aquecendo as sementinhas,
foi com que estas buscassem a luz.
As azaléias abriram suas primeiras flores na silenciosa floresta.
E ouvia-se o canto de alguns passarinhos.
Porém, a noite chegou trazendo consigo a neblina envolta em espessos e cinzentos véus. E ela tudo encobriu.
As sementinhas e as florzinhas se aconchegaram novamente no seio da Mãe-Terra e lá os anõezinhos continuaram seu trabalho, fortalecendo as plantinhas.
Ao amanhecer o gigante passou pela floresta e levou consigo a neblina em sua interminável caminhada.
Uma brisa ligeira soprou entre as árvores. E com ela vieram tantas nuvenzinhas que encobriram o céu. E elas foram baixando e desceram até a terra.
E se escutou um pingo aqui, outro pingo ali. E depois eram muitos pingos, e mais e mais. Era a chuva que se derramava pela floresta. As árvores abriram suas folhas, a água desceu às profundezas da terra. O riacho cantou alegre e, rápido pulava pelas pedras. Soprou, depois, um vento forte e surgiu na floresta o mensageiro da primavera.
Música: Desperta no bosque,
Porém, a noite chegou trazendo consigo a neblina envolta em espessos e cinzentos véus. E ela tudo encobriu.
As sementinhas e as florzinhas se aconchegaram novamente no seio da Mãe-Terra e lá os anõezinhos continuaram seu trabalho, fortalecendo as plantinhas.
Ao amanhecer o gigante passou pela floresta e levou consigo a neblina em sua interminável caminhada.
Uma brisa ligeira soprou entre as árvores. E com ela vieram tantas nuvenzinhas que encobriram o céu. E elas foram baixando e desceram até a terra.
E se escutou um pingo aqui, outro pingo ali. E depois eram muitos pingos, e mais e mais. Era a chuva que se derramava pela floresta. As árvores abriram suas folhas, a água desceu às profundezas da terra. O riacho cantou alegre e, rápido pulava pelas pedras. Soprou, depois, um vento forte e surgiu na floresta o mensageiro da primavera.
Música: Desperta no bosque,
gentil primavera Com ela chegou o canto gorjeio dos sabiás...
trá-lá-lá...
Com lindos trinados,
Com lindos trinados,
suaves e belos,gentis vão os passarinhos, saudando a primavera...trá-lá-lá...
Parece que há festa, é em toda a floresta, o bosque está perfumado com flores de manacá trá-lá-lá...
o sol brilhou e a tudo iluminou: os passarinhos que cantava em revoada, as flores abrindo suas pétalas dando boas-vindas às borboletas, as abelhas que voavam de flor em flor, os grilos saltando entre as ramagens, os pequenos animais da floresta que saltitavam entre a relva.
Era a Mãe-Terra que, acordando do seu sono profundo nos trazia a PRIMAVERA.
Parece que há festa, é em toda a floresta, o bosque está perfumado com flores de manacá trá-lá-lá...
o sol brilhou e a tudo iluminou: os passarinhos que cantava em revoada, as flores abrindo suas pétalas dando boas-vindas às borboletas, as abelhas que voavam de flor em flor, os grilos saltando entre as ramagens, os pequenos animais da floresta que saltitavam entre a relva.
Era a Mãe-Terra que, acordando do seu sono profundo nos trazia a PRIMAVERA.
Comentários
Postar um comentário